terça-feira, 8 de junho de 2010

O Futebol e o Processo de Naturalização


Nesta próxima Copa do Mundo, iremos ver mais uma vez um processo que cada vez mais cresce em todo o mundo, devido a vários fatores, dentre os principais sendo a falta de oportunidade, ou a busca de melhores condições financeiras em outros países: Este fato é o processo de naturalização.
Há alguns anos, os grandes países europeus, não só no futebol, mais em outros setores da sociedade, enfrentam uma grande onda de imigração, de países de todos os continentes, inclusive mesmo da Europa, onde encontramos diferenças entre os países do leste europeu e os países que ficam mais a ocidente da Europa. Especialmente dentro do futebol, esse processo é ainda maior, onde observou por exemplo que, o atual campeão da Liga dos Campeões da Europa(UEFA Champions League), a Internazionale de Milão, eu seu elenco titular que jogou a final contra o clube alemão do Bayern de Munique, não possuía nenhum jogador que fosse natural do seu país, a Itália, que por ventura a pouco tempo, se livrou de uma estigma que perdurava a muitos anos: a de ser uma das únicas seleções que não haviam convocado jogador de pele negra, fato superado com a convocação de Fábio Liverani (primeiro negro a jogar na Seleção Italiana, isso em 2001) e de Mario Balotelli, que por ventura é mais uma das várias histórias de jogadores que descendem de famílias vindas da África e que foram morar nos Grandes Países Europeus. No caso dele, ainda há um agravante pelo fato do mesmo ter sido, depois de praticamente não se verificar condições de seus pais biológicos o criarem, Balotelli foi adotado por uma família italiana e rebatizado com o nome da família.
No futebol, das 32 seleções que participaram desta Copa do Mundo da África de 2010, apenas 8 seleções não terão jogadores que são nascidos em outro país, e que foram naturalizados para poderem representar a seleção, que muitas vezes é o país em que os jogadores vivem, ou já viveram e jogaram por clubes destes países e se naturalizaram dentre outras situações diferenciadas, como o caso do atacante Gonzalo Higuain, que joga pela seleção argentina, mas nasceu na França (devido a seu pai, que era argentino e também foi jogador de futebol, na época do nascimento dele jogar por um time Francês), que chegou a ser convocado para a seleção francesa mas decidiu jogar pela seleção argentina, de poloneses que jogam pela seleção alemã, como Miroslav Klose e Lucas Podolski, levados pelo fato de seus pais terem ido morar na Alemanha procurando melhores condições de vida. Existem também algumas situações interessantes, de jogadores que mesmo tendo nascidos em países que possuem seleções consideradas de mais tradição, decidiram por defender a seleção dos pais de origem, como o caso dos irmãos, Altintop, Hamit e Halil, que apesar de terem nascidos em Gersenkilchen na Alemanha, optaram por jogar na seleção da Turquia. Ainda existem casos mais interessantes como os dos irmãos Boateng, Kevin-Prince e Jerome, que nasceram na Alemanha, porém um decidiu jogar pela seleção Alemã e outro pela seleção da terra natal de seu pai (Gana). Inclusive Jerome, da seleção Alemã e Kevin-Prince da seleção de Gana já tem um encontro marcado: No dia 23 de junho, Gana e Alemanha se enfrentam pela terceira rodada da primeira fase da Copa do Mundo de 2010.
Porém o caso mais interessante encontrasse na seleção francesa, que possui ao longo de sua história, diversos jogadores nascidos em suas colônias ou descendentes que cresceram na França. Para se ter uma idéia, um dos maiores jogadores de todos os tempos da França, Yázid Zinedine Zidane, apesar de ter nascido em Marselha na França, tem suas reais origens na Argélia, país da região norte da África e conhecido por ser uma antiga possessão francesa e ter vários habitantes que atravessaram o Mar Mediterrâneo e foram morar na França.
Agora tirando o lado futebolístico da coisa, um dos fatores mais complicados para se conter é a onda de xenofobia que existe nos países europeus que recebem estes imigrantes, pois levam em consideração que perdem suas vagas de trabalho devido a quantidade enorme de imigrantes que habitam em seus países e alguns já procuram conter a entrada de imigrantes com algumas medidas, isso até com países que fazem parte da União Européia. Até no futebol, já houve situações de torcidas que incitaram o racismo, fato que foi veemente punido pelas federações de futebol em que aconteceram estes episódios.
Para finalizar, é importante salientar que independente de nacionalidade, desejamos ter uma bela Copa do Mundo de Futebol, com gols belíssimos, grandes jogadas e principalmente, respeito por parte dos jogadores e que a Copa proporcione bastantes divisas e principalmente uma significativa melhora na imagem da África do Sul, principalmente interna, país que viveu por muitos anos o regime de Apartheid, que separava os brancos dos negros e manchou a imagem deste país extremamente fascinante.

O Sistema de Transporte Público em Pernambuco


Apesar da pouca idade que eu apresento, 24 anos, gostaria de comentar sobre um determinado assunto, que a muito me atormenta, pois é notório que são poucas as ações em face da melhoria do Sistema de Transporte Público de Passageiros no Estado de Pernambuco, em especial na Região Metropolitana do Recife(RMR).
Um dos pontos a serem levados em consideração, é a pouca importância dada na melhoria do transporte, pois o que se vê é um grande número de passageiros, para uma frota que parece nunca conseguir dar conta do patamar de passageiros que necessitam de utilizá-lo.
Durante o tão falado o horário de pico, é um verdadeiro stress o deslocamento dentro da Região Metropolitana do Recife (RMR), pois encontramos as principais integrações completamente lotadas e os ônibus algumas vezes em situações de não conseguirem fecharem as suas portas devido ao número de passageiros que se arriscam pelo desejo de querer chegar no horário ao seu local de destino, que muitas vezes é o trabalho, onde não se pode dar a desculpa de chegar atrasado devido ao fato de termos ônibus lotados.
Outro fato são as nossas integrações que muitas vezes não se compreende o motivo de desfazerem determinadas linhas, em detrimento de estudos que os gestores do transporte público, através do Grande Recife Consórcio de Transporte dizem ter feito. Um exemplo é uma linha que existia na Integração da Macaxeira, denominada Igarassu/Macaxeira. A linha foi excluída de circulação, devido ao fato de o órgão gestor do transporte achar mais interessante que os passageiros que quisessem se dirigir ao Município de Igarassu fizesse seguinte percurso: Pegassem um ônibus na integração da Macaxeira denominado Paulista/Macaxeira, e ao chegar à recém-inaugurada integração da PE-22 em Paulista (digasse de passagem o exemplo em termos de logística e de engenharia), denominada Pelópidas Silveira, fizessem o chamado translado pegando outro ônibus na integração para se dirigirem ao município de Igarassu. Após diversos protestos dos passageiros, a linha foi reintegrada apenas no período de pico, para atender ao público que tanto questionou.
Devemos também salientar o uso de transporte metroviário em nossa região, que nestes últimos anos vem aumentando, porém encontra dificuldade devido a geografia de nossa Região Metropolitana do Recife, mas que consegue auxiliar mesmo dentro de suas limitações o transporte feito através dos ônibus, conseguindo desenvolver bons canais de integração com esta outra modalidade de transporte coletivo.
Agora é importante salientar o fraquíssimo investimento que é feito para o transporte hidroviário na nossa região. Muitos questionam, e até falam em loucura da parte dos estudiosos, porém é importante salientar que a nossa capital, é conhecida como Veneza Brasileira, não sendo isto por acaso. Então por que não tentarmos investimentos nesta modalidade de transporte, que poderia nos trazer além de benefícios de diminuição da quantidade de passageiros que utilizam ônibus e trens, auxiliaria muito na redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa, o que é de extrema importância para o planeta. Nestes últimos anos, muitos são os comentários sobre a preservação do planeta, porém não vemos nenhum trabalho efetivo no sentido de fazer com que a população que utiliza automóvel particular, troque de opção para o transporte público, pois do modo como está ninguém irá se predispor trocar de meio transporte, tendo que acordar mais cedo, enfrentar ônibus lotados, enfim tudo o que foi comentado acima.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Infra-Estrutura para a Copa do Mundo




Estamos prestes ver o início da 18° Copa do Mundo de Futebol, e nos deparamos com o seguinte questionamento. A próxima Copa do Mundo, mais precisamente em 2014, será em nosso país e como será a nossa preparação. Muitos devem estar se perguntando com a relação a Seleção de Futebol, mais eu questiono, como será o desenrolar de toda a infra-estrutura necessária para a realização de um evento tão importante e dessa magnitude.
Só para se ter uma idéia, fazem parte da Infraestrutura para ser melhorada no nosso país rodovias, usinas hidrelétricas, portos, aeroportos, rodoviárias, sistemas de telecomunicações, ferrovias, rede de distribuição de água e tratamento de esgoto, sistemas de transmissão de energia, etc. A Infraestrutura do Brasil foi, até algumas décadas atrás, desenvolvida quase exclusivamente com investimentos públicos. Porém, a partir da década de 1990, com as privatizações e parcerias entre os setores público e privado, as grandes empresas nacionais e internacionais tem investido em Infraestrutura através de contratos de concessão.
Porém os maiores questionamentos, vem de onde virão os recursos, e principalmente, quando se darão o início das obras, algumas de reformas, outras ainda de construção. Não falo apenas de estádios de futebol (ou melhor Arenas), e sim toda a Logística que envolve a realização do evento, pois o que vemos em nossos notíciarios são imensos engarrafamentos em nossa maior metrópole (São Paulo), transportes extremamente precários, aeroportos atendendo no limite máximo, insegurança, enfim, situações que conhecemos e que a cada eleição estão incluídas como ponto identificados para melhoria por nossos candidatos políticos.
Não questiono a de realização da Copa do Mundo, porém é necessário tentarmos fazer o melhor para que os investimentos feitos, gerem receita, pois é sabido que a vinda de turistas e de pessoas envolvidas com o evento gera divisas para nosso país, porém é importante fazermos que estruturas que foram investidas continuem sendo aproveitados mesmo após o término do evento.
Outro fator importante é que devemos aproveitar a Copa de 2014 para mudarmos a imagem de nosso país perante as outras nações, fato que já tem melhorado nestes últimos anos, porém ainda há muito a si melhorar, principalmente no que diz respeito a insegurança e ao que se fala do brasileiro, como sendo um povo que gosta de se aproveita de tudo ( a tal comentada malandragem).
Contudo, espero que tenhamos um belo mundial e que possamos aproveitar esta momento espetacular para alavancarmos de vez como um país capaz de realizar grandes eventos e principalmente de mostrarmos a nossa cultura, tão rica e tão desconhecida por nós mesmos brasileiros. E claro, torcemos para nossa seleção ser novamente campeã, só que agora em nosso território, para podermos esquecer de vez a final da Copa do Mundo de 1950.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Quando o Sucesso Sobe a Cabeça


Nesta última semana, acompanhando a dois jogos do Santos Futebol Clube, um contra o Guarani, no Estádio da Vila Belmiro e contra o Corinthians, neste último domingo, no Pacaembú, em que o time ganhou do Guarani pelo placar de 3x1 e perdeu para a representação do Corinthians por 4x2, tive um ligeira sensação sobre como o sucesso pode influir na vida das pessoas e como esse ‘estado’ muitas vezes momentâneo de sucesso pode prejudicar o trabalho em equipe e o crescimento profissional também. A isso refiro-me ao atacante chamado de jóia santista Neymar.
Na vida a linha que separa o sucesso da ilusão é tênue. O sucesso é muitas vezes algo efêmero e que se não bem controlado, pode levar a pessoa que o atinge a achar que pode tudo e que é capaz de tudo.
A origem da palavra explica por quê: sucessus é o particípio passado do verbo latim sucedere, “acontecer”. Ou seja, sucesso é apenas um fato acontecido. Qualquer fato, mesmo o mais banal. Portanto, não minha opinião não devemos querer ter sucesso, pois muitas vezes ele é efêmero e sim o mais importante é ter feito algo que seja relevante para a sua vida e principalmente para quem o cerca. O fato de este feito lhe levar ao sucesso ou não, nunca deve ser mais importante.
Porém o que vemos hoje em dia, é muitas vezes uma busca incessante pelo sucesso, que pelo que se mostra, traz status social e popularidade, porém não há uma preparação para a chegada deste momento, pois, o que vemos muitas vezes acontecer é o sucesso subir a cabeça, como diz o velho ditado, devido ao fato de muitas vezes a determinada pessoa se achar melhor que as outras devido ao fato de estar na mídia, de achar que pode tudo e que está acima do bem e do mal.
Mas o ser humano esquece que o anonimato muitas vezes está muito próximo, e não é difícil encontrarmos histórias de pessoas que chegaram ao sucesso e tempos depois entraram num ostracismo sem tamanho, devido principalmente ao fato de no fundo aquele sucesso está ligado a algo que a pessoa fazia e que no momento não está mais fazendo. Um exemplo claro são jogadores de futebol, participantes de BBB´s, cantores de uma música só, enfim, pessoas que influenciadas por uma sociedade que muitas vezes é sem escrúpulos, chegam ao sucesso, são idolatradas e depois são esquecidas por este mesmo público que um dia os aplaudiram.
Portanto, devemos enxergar o sucesso como algo bom, até o momento em que ele não influi nos seus pensamentos e no seu caráter, pois aí lhe fará uma pessoa refém do sucesso e presa a uma forma de viver, que tempos depois, você pode se encontrar totalmente fora desse contexto de vida, pois como a própria origem da palavra fala, sucesso é um fato acontecido.

domingo, 30 de maio de 2010

O Futebol e o Nosso Brasil


Ontem ao escutar o Programa do Jornalista Aldo Vilela, na Rádio CBN, sobre a comunidade Zeferino Agra, em Água Fria, na Zona Norte do Recife, me veio a idéia de escrever sobre o Futebol e o Nosso Brasil.

No belo comentário feito pelo jornalista, sobre o protesto que os moradores haviam feito, quebrando a calçada do recém inaugurado Conjunto Residencial, devido ao fato de neste não haver campo de futebol para a comunidade, fato este uma falta de educação e senso de comum extremamente grande, encontrei o seguinte questionamento: Nós brasileiros, somos extremamente conhecidos como o país do futebol, isso em todo e qualquer lugar do mundo, onde devido a nós sermos o único país pentacampeão mundial de futebol e de além disto ter o maior jogador de futebol de todos os tempos, o Pelé, isso sem contar outros grandes jogadores que fizeram parte da construção desta bela história, como Garrincha, Zico, Jairzinho, Zagallo, Rivelino, Sócrates, Falcão, Ronaldos, Rivaldo dentre tantos outros, não usamos o esporte como meio de fazermos uma sociedade mais responsável e justa, com o intuito de tirarmos dezenas de milhares de jovens que estão se marginalizando, se drogando, vendendo o seu corpo, enfim, estes males que já conhecemos, mas que fazemos questão de não querer enxergar.

O futebol hoje, é usado como meio de inclusão social, a partir do momento que o jovem, passando a jogar faz do esporte o seu ganha pão, e isso pelo que se mostra não é fato que acontece com raridade, o que vemos é o jovens de hoje, querendo ser jogadores de futebol pelo fato de se ganhar muito dinheiro, e principalmente, conseguir ter tudo na palma da sua mão. O que isso nos trás é uma verdadeira distorção, devido ao fato de nem todos os jogadores profissionais ganharem salários astronômicos, o que segundo pesquisas feitas pela maior entidade do esporte, a FIFA, não chegam a 2% o número de jogadores que recebem salários astronômicos.

Ainda assim devesse levar em consideração que o esporte mais praticado no mundo, pode ser um potencial aliado dos governos na busca da diminuição da criminalidade, que assusta nossa população, haja visto que ocupa consideravelmente a cabeça dos nosso jovens e sem querer ser saudosista, como minha avó dizia, “mente vazia, é oficina do Diabo.Porém o que se vê hoje é o verdadeiro descaso com os princípios básicos da nossa Constituição, como direito a educação e a saúde, onde encontramos ainda 20% dos 190 milhões de brasileiros que vivem na linha da pobreza, segundo estudos da Organização das Nações Unidas(ONU), apesar de extremos esforços do governo atual para baixar este índice, que envergonha a imagem da nossa nação.

Por isso, neste ano de eleições, devemos procurar as propostas mais sensatas, não aquelas estratégias mirabolantes de que vão conseguir mudar o Brasil, e elegermos candidatos que se comprometam a querer mudar a realidade do nosso país, investindo principalmente em educação, saúde, moradia, segurança, e salientarmos que não devemos e nem podemos ficar apenas a espera dos nossos governantes, pois nós somos capazes de mudar a realidade do nosso país, só precisamos ter força de vontade.